quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Tietagem com hora marcada


Victor e Leo.
Mirella Santos nasceu em Goiás, tem 16 anos e é estudante. Fabiana Cunha é de Minas Gerais, está com 29 anos e trabalha como babá. Carla Veloso veio do Paraná, tem 50 anos e trabalha na limpeza. O que essas 3 mulheres, de gerações diferentes, têm em comum?

Leia as resposta e descubra você mesmo:
“O sonho da minha vida é conhecer a dupla Victor e Leo”, confessa Mirella.
Fabiana conta que a dupla tem o poder de transportá-la de volta para Minas Gerais.

Já Carla, é a mais exagerada no depoimento: “Se eles me pedissem em casamento eu aceitaria, sem dúvida. E me casava com os dois.” Mulheres completamente diferentes, unidas pela mesma paixão: Victor e Leo.
Pela primeira vez, as 3 vão ter a chance de chegar pertinho dos ídolos. Victor e Leo já estão confirmadíssimos no Brazilian Day de New York, a maior festa brasileira fora do Brasil.

No dia 6 de setembro, a dupla sobe no palco da 6th Ave. e lá de cima vai ouvir os gritos de Mirella, Fabiana e Carla. Afinal de contas, elas não cogitam a hipótese de não estar na primeira fila na hora do show.

“Vai ser um sonho. Você não sabe o que é viver nessa terra, trabalhando de segunda a segunda. A vida aqui é dura, mas tem suas recompensas. Eu tô contando os minutos para ver os dois.”, diz Carla.

A ansiedade não é uma característica exclusiva feminina. Dorival Dias também conta os minutos. O carioca, que vive nos Estados Unidos há 10 anos, é fã do rapper Marcelo d2. Tem todos os discos do cantor, desde a época em que ele era vocalista do grupo Planet Hemp, mas nunca teve a chance de assistir a um show. “O presente vem agora com o Brazilian Day. Não vou perder essa oportunidade por nada”, diz Dori, que vai para New York acompanhar a festa dos 25 anos de Brazilian Day com uma caravana de Massachusetts.

“O nosso objetivo é sempre trazer um pouco do Brasil para o brasileiro. Muita gente diz que precisa ser louco para conseguir organizar tudo. É realmente uma loucura mas, no final, quando eu vejo um sorriso no meio da multidão, quando vejo mais de um milhão de pessoas pulando e se emocionando, eu me sinto feliz e com o sentimento de missão cumprida.” diz Edilberto Mendes, coordenador-geral do evento.

O festival

Há 25 anos, o Brazilian Day leva a nossa música, nossa cultura e nossos ídolos para New York. Aproxima pessoas, realiza sonhos e transporta corações. É uma festa que tem o poder de levar os brasileiros, mesmo estando tão distantes, para pertinho de casa.
A festa na rua 46, também conhecida como Little Brazil, com a 6ª Avenida, e ocupa 25 quarteirões.
O festival começou com um pequeno grupo de brasileiros que queriam celebrar o dia da independência. Desde então, tornou-se tradicional em New York, e é, hoje, considerado o maior evento étnico de Manhattan, atraindo um público multicultural, representando as várias camadas sócio-econômicas e culturais de todas as partes dos Estados Unidos.

Em 2008, de acordo com dados do Departamento de Polícia de New York, 1.5 milhão de pessoas vieram ao Dia do Brasil, lotando a área durante todo o dia. O Dia do Brasil é hoje um dos maiores eventos de rua de New York e o maior evento brasileiro fora do Brasil.

O Dia do Brasil não é somente uma celebração. Transformou-se, também, no grande celeiro da identidade e das comunidades brasileiras. É neste dia que brasileiros, vindos de todos os cantos dos EUA se reúnem, tornando-se visíveis, atingíveis, unidos na alegria de exibir o orgulho de ser brasileiro e viver a sensação, longínqua, de pertencer a uma grande família.

O evento também atrai um público diversificado, de americanos e residentes multiculturais interessados no Brasil, ou simplesmente curiosos, levados pela beleza do dia.

Celebrando o Dia da Independência, o evento comemora, de fato, a presença brasileira nos EUA, do expatriado, muitas vezes, sem nome nem número, que veio trabalhar e daqui sustenta família deixada no Brasil, contribuindo para o crescimento do país para o qual, um dia, pretende voltar.

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